Rio Forense

WhatsApp: 470 mil grupos privados estão expostos na internet

Os grupos privados do WhatsApp podem não ser tão seguros como o mensageiro afirma, conforme o alerta dado pelo jornalista da agência alemã Deutsche Welle Jordan Wildon, nesta sexta-feira (21). Segundo ele, o Google está indexando links de convites para conversas em grupo, permitindo que qualquer pessoa tenha acesso a estes bate-papos, com uma simples pesquisa no buscador.

Ao indexar os links de convites de grupos privados que são compartilhados em sites e redes sociais, a companhia de Mountain View passa a incluí-los nos resultados de pesquisa do Google. De acordo com a Vice, pelo menos 470 mil links foram encontrados em uma rápida pesquisa no buscador, utilizando o termo “chat.whatsapp.com” combinado com palavras relacionadas a determinados tipos de grupos.

Nas pesquisas feitas pelo veículo, foram descobertos grupos privados sobre os mais variados assuntos, muitos deles ligados à pornografia. A revista relatou ainda ter conseguido entrar em um grupo de ONGs credenciadas pela Organização das Nações Unidas (ONU) e visualizar informações como nomes e números de telefones dos participantes.

De certa forma, praticamente qualquer grupo no WhatsApp cujo link de convite tenha sido compartilhado em sites acessíveis ao público podem ser encontrados utilizando o sistema de buscas da Google, segundo a publicação.

Como se proteger

O WhatsApp recomenda que os administradores dos bate-papos evitem divulgar os links de convite em canais públicos, redes sociais e outros tipos de sites abertos a todos os internautas, para evitar que pessoas não convidadas tenham acesso ao grupo e às informações dos integrantes.

Em nota enviada à Vice, um porta-voz do aplicativo de mensagens confirmou que os links compartilhados publicamente podem ser encontrados no Google. Uma forma de se proteger é enviar o link diretamente aos convidados, pelo próprio app, para manter o grupo totalmente privado.


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